Por g1
O Ibama analisa a possibilidade de fechar o Centro de Conservação da Fauna Silvestre, conhecido como zoológico de Ilha Solteira (SP). Cerca de 200 animais vivem no local, onde também são feitas pesquisas universitárias e há várias espécies em extinção.
O zoológico era mantido pelas usinas hidrelétricas, mas a multinacional que assumiu o comando das usinas de Ilha Solteira e Jupiá informou ao Ibama que não tem interesse em manter esse projeto ambiental. A situação preocupa autoridades e moradores. Algumas pessoas têm usado as redes sociais para protestar contra o fechamento do zoológico.
No local há araras, macacos, jabutis, veados, cobras e onças. Além de ser um dos pontos turísticos da cidade, o lugar recebe mais de 40 mil visitantes por ano, de várias regiões do Estado.
O Centro de Conservação da Fauna Silvestre foi criado para abrigar animais vítimas de impactos ambientais causados pela construção de usinas hidrelétricas na região. Preocupados, os moradores de Ilha Solteira decidiram unir forças para evitar o fechamento.
O espaço foi construído pela Companhia Energética de São Paulo (Cesp), que ainda administra o lugar. O problema é que, como a estatal não é mais responsável pelas usinas da região, não tem interesse em continuar com os cuidados do centro. A empresa que assumiu as hidrelétricas, uma multinacional chinesa, propôs ao Ibama apoio a outro projeto de compensação ambiental e, sem interessados, o zoológico pode fechar os portões.
Ao todo, são mais de 200 animais de 40 espécies diferentes, algumas ameaçadas de extinção, como a onça pintada. Todos nativos da região, o que faz do centro um importante campo de pesquisa para universidades.
O município também teme os impactos no turismo com o possível fechamento, mas não tem dinheiro para custear o lugar, algo em torno de R$ 1 milhão por mês. "Iremos protocolar uma representação ao Ministério Público já que entendemos que há um prejuízo turístico e ambiental com o fechamento do centro”, afirma o secretário do Turismo Darley Barros Júnior.