O júri popular do homem acusado de matar a companheira asfixiada será realizado nesta quinta-feira, 12, em Fernandópolis. O júri popular será realizado a partir das 13h30, no Fórum da cidade.
De acordo com o Ministério Público (MP), Breno Henrique Pereira Leal assassinou Aline Gonzales da Silva no dia 7 de julho de 2020, após recusa dela em dar dinheiro para que ele comprasse drogas.
O réu fugiu para São José do Rio Preto depois de abandonar o corpo da mulher em um canavial, mas foi encontrado chorando e confessou o crime à Polícia Militar.
Segundo o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), Bruno Leal foi denunciado por cárcere privado, feminicídio e ocultação de cadáver.
Crime em 2020
Bruno e Aline conviviam em união estável havia cerca de oito anos e tinham um filho em comum. Consta na denúncia que, no dia 7 de julho de 2020, o réu trancou a companheira em um quarto após pedir dinheiro para comprar droga e receber resposta negativa.
A vítima aproveitou que o marido dormiu, pulou a janela e fugiu para a casa de uma prima. Contudo, Bruno também foi à residência e jogou Aline no banco do passageiro do carro de forma violenta.
Segundo o Ministério Público, o réu parou o carro no bairro Ipanema, onde agrediu a vítima e a matou asfixiada.
Logo depois, Bruno trafegou pela Rodovia Euclides da Cunha, entrou em um canavial, ocultou o corpo de Aline e dirigiu sentido Rio Preto. Por volta das 20h15, o réu foi encontrado por policiais militares e confessou que tinha cometido o crime.
Para o promotor Renato Gonçalves Azevedo, o intuito homicida é extraído das condutas do denunciado de bater a cabeça de Aline contra o painel do veículo, bem como de desferir nela o golpe chamado “mata leão” por tempo necessário para que ela não mais reagisse e viesse a falecer.
“A morte foi causada pelo denunciado mediante asfixia, no contexto de violência doméstica e familiar contra sua então companheira e por motivos fúteis, quais sejam, discussões em virtude de dinheiro para a compra de drogas, bem como por suposto comportamento ciumento da vítima”, escreveu o promotor na denúncia.