O governo de São Paulo deve voltar a recomendar o uso de máscaras contra Covid-19 em ambientes fechados. A recomendação foi feita pelo Comitê de Medidas de Vigilância em Saúde do Governo de São Paulo.
A mudança ocorre em meio a uma alta de 120% de internações por Covid-19 em maio. Apesar do crescimento, 10 milhões de pessoas ainda estão com dose de reforço da vacina atrasada em SP.
A recomendação do estado, no entanto, não significa que o uso vai voltar a ser obrigatório: cabe às prefeituras transformar esse recomendação em uma determinação por meio de um decreto, por exemplo.
O grupo de especialistas do governo de São Paulo também recomendou que pessoas de grupos de risco para o coronavírus utilizem a proteção mesmo em ambientes abertos, e que a população complete o esquema vacinal, com a dose de reforço para adultos e adolescentes, e a quarta dose para idosos e pessoas com comorbidades.
Em nota, o governo de São Paulo confirmou a recomendação do comitê, mas destacou que a sugestão não altera a legislação vigente.
"O Comitê recomendou o retorno do uso de máscaras em estabelecimentos fechados sem caráter obrigatório, não modificando a legislação vigente em São Paulo da utilização apenas em ambientes hospitalares e no transporte coletivo", declarou, em nota.
"O grupo também orientou que os municípios intensifiquem a busca ativa dos faltosos das 2ª e 3ª dose para os adultos e da 4ª dose para os idosos acima dos 60 anos. Entre as recomendações também está a importância da vacinação entre os adolescentes para a terceira dose, que começou a ser aplicada no Estado ontem (30)".
Histórico
O estado retirou a obrigatoriedade do uso da máscara contra a Covid-19 em espaços fechados em 17 de março. A proteção continuou obrigatória apenas em ônibus, metrô, trens e respectivos locais de acesso (embarque e desembarque), hospitais, consultórios e unidades de saúde.
O uso em ambientes como escolas, escritórios, academias, shoppings e lojas, atualmente, é opcional.
O uso obrigatório de máscara de proteção contra o coronavírus começou no transporte público na Grande São Paulo, em 4 de maio de 2020.
Três dias depois, em 7 de maio, passou a ser obrigatório em todo o estado nas ruas, locais públicos, estabelecimentos, repartições públicas estaduais e no transporte por aplicativo.